quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sou a Rainha da insônia.
Miss olheiras profundas.
Sou onde a tristeza habita.
Poeta das frases imundas.
Sou terra,fogo,água.
Um planeta desconhecido.
Seco,frio,úmido.
Um caso mal resolvido.

sábado, 21 de novembro de 2009

Noite de lua.
Festa na rua.
De alma nua.
Volto a ser sua.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um kajal preto.
Um sorriso maquiado.
Nos olhos trago dor.
No peito um cadeado.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tarde demais .

Hoje
Não quero tua doçura
Teu amor
Compaixão

Tarde demais

Passei dias na companhia do teu silêncio;
Passei noites relembrando do teu não ;

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cores da saudade

Saudade do verde dos campos.
Das flores vermelhas.
Que cobrem a terra de cor.
Saudade do branco dos lírios.
Dos olhos azuis.
Que trazem pra mim tanta dor .

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Escrever...

Escrever não é dizer meias verdades,nem pensar horas na frase perfeita .Escrever é doar-se por inteiro...é fazer com que simples frases , tornem-se uma explosão dos mais complexos sentimentos..
Não escrevo para os outros,não escrevo para agradar a ninguém.
Escrevo mesmo porque me conforta o espírito e só assim ,termino meus dias de alma mais leve .

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Carta ao Mestre .

Você lembra como foi quando me ensinou a nadar?
Eu tinha 6 ou 7 anos , e um medo de água que parecia vir de décadas, e você vovô ? você foi sacana comigo...Você me "jogou" em uma piscina de não menos de 2 metros de profundidade.Naquela hora, pensei morrer,meu corpo foi afundando no desespero incessante de tocar o chão com aquelas perninhas frágeis,tomadas de hematomas,coisa de criança como diria a vovó.
Quando encostei no chão,já me faltava o ar e eu tinha engolido muita água.Mas meu maior medo agora,era não conseguir voltar para superfície.Estendi as mãos,buscando as suas vovô,mas não as encontrei,você parecia não se importar..Entre uma e outra braçada descoordenada,consegui chegar até a borda da piscina,imensa como o mar para uma criança do meu tamanho . Lembro de ter me agarrado com força na borda ,com tanta força, que nada mais poderia me tirar de lá.Ainda na água,mas já "à salvo" , fixei meus olhos,já vermelhos de cloro e uma boa parte de raiva, em você.
Você estava de pé,diante de mim,mostrando os dentes por baixo do bigode branquinho,e seus olhos azuis , tomados de uma serenidade indescritível,praticamente sorriam para mim .
Em meio a tanto desespero e também a raiva que senti de você,lembro de ter lhe perguntado:
"Por que não me "salvou" ?eu podia ter morrido vô!"
Você sorriu pra mim e disse :
"Sem sofrimento,não se pode vencer nada,muitas vezes precisamos aprender sozinhos..Se eu a tivesse tirado dessa piscina, talvez você nunca aprendesse a nadar. "
Naqueles tempos eu não entendi nada,continuava pensando que você havia sido um louco, um inconsequente...Porém com o passar do anos , essa lembrança da piscina tornou-se cada vez mais forte em mim...e hoje , percebo que você não foi um louco inconsequente, mas sim , meu mestre vovô....Onde quer que esteja agora , obrigada pelos anos que vivemos juntos,por tudo que me ensinou,pela pessoa que foi...Te amo demais "meu velho e indivisível Avôhai!"

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Primavera

Enfim chegou a primavera...
O colorido dos Ipês veste as ruas,nas calçadas por onde passo ,as flores e folhas caídas transforman-se em paisagem...O calor dilata os poros,rejuvenescendo a pele dos simples mortais...Ao fim da tarde sinto cheiro de fumaça misturado ao cheiro de frutas podres,são laranjas e pêssegos...


Ah! que saudades eu tenho das primaveras longe da cidade ! Longe dessa podridão urbana!

Nua

Então eu me despi,
de toda dor e abandono.
Dos pensamentos e angústias
que tiravam o meu sono.
Me despi do amor e do prazer de ser quem
eu era...dos meus olhos cansados , meus desejos
de quimera .
O que restou em mim foi o silêncio e o vazio .
E até nas longas noites de verão,meu sangue , antes quente,
agora corre frio.

Poema da Menina

ou sim , ou não ,
é tudo ou nada .
e eu me pergunto até quando .
até quando vou continuar afogando minha inconstância num copo sujo de bebida? .
até quando meus dedos vão querer um cigarro como uma mera afirmação de vida ?.
até quando esses versos sem rima vão afastar a solidão do meu pensamento ?
eu sumo , me escondo , grito , grito , grito , ninguém está aqui pra ouvir . nunca
ninguém esteve .
Isso não é poema , nem soneto , prosa ou poesia , é apenas um desabafo , da menina patética, da menina vazia .